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Qualquer mudança provoca um certo receio quanto ao futuro, afinal, o desconhecido é o desconhecido. Acho que ajuda, de alguma forma, pensarmos que o desconhecido é o novo. Quem sabe uma nova oportunidade de ser feliz, de recomeçar, de escrever a própria história em novas e limpas páginas da vida.
Só que mesmo assim a mudança ainda faz com que muita gente permaneça estagnada na vida, "amarrada ao seu porto seguro" e impedindo-se de ousar viver a vida, correr riscos, fazer apostas e lançar-se num novo voo.
O problema talvez seja que esperamos ter garantias e esquecemos que nada na vida é absolutamente garantido. A vida é como uma bola de neve, ou como um caminho que se vai descortinando diante dos nossos olhos a medida dos passos que vamos dando. Nesse caminho nem sempre nos encontramos. As vezes nos perdemos. Outras vezes ficamos suspensos, em stand by, no modo "pause", dormindo e acordando, mas sem viver verdadeiramente, sem paixão, sem alegria genuína ou como se faltasse um enorme pedaço de nós mesmos. Estranho. Eu sei ... mas acredito que muitos dos que me lêm agora já se sentiram assim alguma vez na vida. Em diferentes situações. Não importa.
Mas então o que importa? Estarei a dizer que devemos mudar tudo sempre que nos sentirmos tentados, abandonar o velho, atirarmos do penhasco sem olhar para baixo? Não, é claro que não.
Muitas vezes também confundimos os sentimentos, interpretamos equivocadamente os sinais, e o desejamos no fundo é fugir de situações das quais não podemos simplesmente fugir e sim, enfrentar.
Então, como saber quando devemos ou não mudar? Essa é uma pergunta que me fazem muitas vezes, e a resposta é que eu não sei responder. Não sei responder por ninguém qual é a hora e o momento de cada um, porque cada pessoa segue o seu próprio ritmo. O que para mim poderia ser para ontem neste instante, para você, por exemplo, pode ser apenas para amanhã. Aconselho então que cada um busque as respostas dentro de si mesmo. O nosso coração possui todas as respostas que ansiamos, e é aí mesmo onde devemos procurar por elas. Não fora de nós mesmos. É preciso fazer uma análise profunda da situação e de como nos sentimos em relação a ela. É preciso também sermos honestos com os nossos sentimentos, nossas emoções, nossos medos, nossos desejos. É preciso ainda uma certa dose de coragem porque fazer uma escolha consciente implica sempre muita coragem, muita ousadia e muita capacidade de ver além do que os olhos podem ver. De captar a nossa própria essência e a mensagem, ou o clamor, da nossa alma que se sempre nos fala, nos sussurra ou grita sem que de qualquer uma das formas a consigamos ouvir tantas e tantas vezes.
Penso que não existe uma regra. Tenho a certeza disso. Cada caso é um caso, uma peça de teatro no palco da vida onde cada um de nós é o protagonista. Como vamos interpretar esse papel da vida real? De que maneira devemos agir? Eu diria : de acordo com a verdade de cada um.
Devemos sim ir em busca dos nossos sonhos, largar o fardo do passado e abraçar o agora para receber o futuro. Qualquer ganho implica uma perda, e as vezes é preciso perder para poder ganhar. Já diziam os mais velhos: não se pode ter tudo. Mas creio que se pode ter tudo quanto precisamos realmente para sermos felizes, e para tal, basta reconhecer a necessidade de mudar, seja o que for, e fazer com que os sonhos saiam da nossa cabeça e ganhem o mundo.
Se estiver a pensar numa grande (ou pequena) mudança para a sua vida, pense com cuidado. Demore o tempo que precisar para decidir, mas nunca mais tempo do que realmente precisa. E então, decida-se. Fique ou mude. Mas por favor, seja feliz :)
Beijos na alma.
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