segunda-feira, 31 de outubro de 2011

THIS IS ME ...

Esta sou eu.
Inteira, intensa e profunda. Tenho horror à superficialidade.
Dramática e romântica. Tudo na minha vida tem que ter o apelo de uma excelente ópera.
Meiga, doce, suave. Viver para mim é amar e expressar esse amor livremente, loucamente.
Direta, prática, ríspida ... pois certas verdades não sei dizer de outra forma, mesmo que isso seja um defeito.
Verdadeira. Imperfeita. Em constante evolução. Cheia de incoerências, dúvidas e contradições. Cheia de certezas, convicções e princípios. Sim, esta sou eu de verdade, sem no entanto ser detentora de verdade alguma.
Apaixonada e apaixonante. É assim que amo ... as pessoas, a vida, o céu, o sol e a lua. O mar e o verde das montanhas. Cada flor, cada gota de orvalho ... o ar que partilhamos. O ecoar de uma gargalhada pelo mundo, os ventos sussurrantes que trazem segredos de outros tempos. De olhos abertos e de olhos fechados, sorrindo ou lavando o rosto em lágrimas, continuo apaixonada e apaixonante. 
Sou uma menina cheia de sonhos. Uma mulher cheia de planos. Sou metade menina, metade mulher. Uma completa a outra, pois essa outra não existe sem a primeira, e vice-versa.
Ousada e complexa. Não espero que me entendam, mas sim que não me julguem. Que me aceitem.
Idealista e sempre em busca do propósito da vida. Yes, this is me. Não melhor, nem pior do que tu. Simplesmente eu. E nessa mistura mirabolante eu me descubro e me perco de mim ... muitas vezes. Revolto-me, choro e grito. Recaio de joelhos e ergo os olhos ao firmamento. É ali que sempre vejo a minha resposta cintilar, e sinto o bálsamo mágico sobre mim derramar e atribuir nova força para continuar.
Esta sou eu. Grata. Muito grata por tudo, por todos. Grata pela grandiosidade das bençãos que possuo. Grata por ti que agora que me lês. Esta sou eu ... quem te ama :)

terça-feira, 18 de outubro de 2011

SER ...





Porque sou feita de incongruências
da mesma forma que me respaldo na mecânica da vida ...

Sou Mulher, sou anjo, sou humana
imperfeita, buscando também o caminho

Sou mística, sou da lua, sou da terra
sou o sol, a dança e a música
sou de cores e sou de branco e preto
sou do ar também
sou o vento forte e a brisa que acalma

Não me nego, nem culpo, nem exijo
 aceito e amo-me como sou
e amando-me também me entendo
pois minha é a ânsia do saber
furiosa a pressa de chegar
tanto quanto é tranquila
a naturalidade de ficar
o tempo necessário
para renascer, reinventar
outra forma, outra face
outros jeitos de ser

A mudança ocorre
para quem ousa evoluir
já que a estagnação
é o que impede a alma de se recordar
coisa que fazemos a cada dia
aprendendo não com os erros
mas com a experiência

Por isso nem sempre falo
as vezes a minha voz é um rugido
outras um gemido, um sussurro

Meu olhar nem sempre é doce
as vezes é distante, profundo, inquisito, reprovador
jamais vazio

Meus gestos não são constantemente calmos
sou mulher de me expressar
numa total harmonia entre corpo e alma
e para isso preciso abraçar com euforia
beijar com suavidade
e vice-versa

Mover-me em movimentos lânguidos, imperceptíveis
ou teatrais, dramáticos, exagerados

Sim ... sem me definir por completo
mas traduzindo-me um pouco ...
... com todas as urgências, medos e receios tolos
mas acima de tudo
esperança, fé e coragem!

terça-feira, 11 de outubro de 2011

PALAVRAS DE CLARICE ...

"Já escondi um AMOR com medo de perdê-lo, já perdi um AMOR por escondê-lo. 
Já segurei nas mãos de alguém por medo, já tive tanto medo, ao ponto de nem sentir minhas mãos. 
Já expulsei pessoas que amava de minha vida, já me arrependi por isso. 
Já passei noites chorando até pegar no sono, já fui dormir tão feliz, ao ponto de nem conseguir fechar os olhos.
Já acreditei em amores perfeitos, já descobri que eles não existem.
Já amei pessoas que me decepcionaram, já decepcionei pessoas que me amaram.
Já passei horas na frente do espelho tentando descobrir quem sou, já tive tanta certeza de mim, ao ponto de querer sumir.
Já menti e me arrependi depois, já falei a verdade e também me arrependi.
Já fingi não dar importância às pessoas que amava, para mais tarde chorar quieta em meu canto.
Já sorri chorando lágrimas de tristeza, já chorei de tanto rir.
Já acreditei em pessoas que não valiam a pena, já deixei de acreditar nas que realmente valiam.
Já tive crises de riso quando não podia.
Já quebrei pratos, copos e vasos, de raiva.
Já senti muita falta de alguém, mas nunca lhe disse.
Já gritei quando deveria calar, já calei quando deveria gritar.
Muitas vezes deixei de falar o que penso para agradar uns, outras vezes falei o que não pensava para magoar outros.
Já fingi ser o que não sou para agradar uns, já fingi ser o que não sou para desagradar outros.
Já contei piadas e mais piadas sem graça, apenas para ver um amigo feliz.
Já inventei histórias com final feliz para dar esperança a quem precisava.
Já sonhei demais, ao ponto de confundir com a realidade... Já tive medo do escuro, hoje no escuro "me acho, me agacho, fico ali".
Já cai inúmeras vezes achando que não iria me reerguer, já me reergui inúmeras vezes achando que não cairia mais.
Já liguei para quem não queria apenas para não ligar para quem realmente queria.
Já corri atrás de um carro, por ele levar embora, quem eu amava.
Já chamei pela mamãe no meio da noite fugindo de um pesadelo. Mas ela não apareceu e foi um pesadelo maior ainda.
Já chamei pessoas próximas de "amigo" e descobri que não eram... Algumas pessoas nunca precisei chamar de nada e sempre foram e serão especiais para mim.
Não me dêem fórmulas certas, porque eu não espero acertar sempre.
Não me mostre o que esperam de mim, porque vou seguir meu coração!
Não me façam ser o que não sou, não me convidem a ser igual, porque sinceramente sou diferente!
Não sei amar pela metade, não sei viver de mentiras, não sei voar com os pés no chão.
Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma pra SEMPRE! 
Gosto dos venenos mais lentos, das bebidas mais amargas, das drogas mais poderosas, das idéias mais insanas, dos pensamentos mais complexos, dos sentimentos mais fortes.
Tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos. 
Você pode até me empurrar de um penhasco q eu vou dizer: 
- E daí? EU ADORO VOAR!"


... de Clarice Lispector.

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