segunda-feira, 30 de novembro de 2009

DESENCONTROS



A vida é assim ... feita de encontros e desencontros ... quantas vezes não conhecemos a pessoa ideal, aquela que nos faria feliz, talvez ... quase de certeza, mas não acontece aquela química, aquela coisa chamada paixão ...

E então viver por viver não basta, doar-se sem se entregar não faz sentido, amar sem sentir não existe, ficar junto porque ele parece ser perfeito ... muito menos ...

Foi assim ainda agora ... subitamente me aparecem mil e uma oportunidades de ser feliz, mas eu sinto que é a vida me pondo a prova ... e não é ainda a hora.

Sigo evitando os desencontros, muitas vezes inevitáveis, evitando magoar quem quer que seja ... this is not me ... fazendo questão de ser honesta, característica muito minha ... e aguardando o encontro certo que por certo já aconteceu, num outro lugar do espaço e do tempo, noutra dimensão deste Universo sideral.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

TROPEÇO E RECOMEÇO

Ando como se flutuasse ... é como se saísse do meu corpo pois a leveza dele assemelha-se a da minha alma ... vejo as dunas do deserto sem fim e a beleza delas é indescrítivel ... subitamente subo até as estrelas e posso admirar a omnipotência do Universo, e também todos os sonhos e promessas de vida suspensas ...
(...) Sinto cheiro de flores no ar, a brisa do mar no meu rosto, todas as sensações deliciosas que me fazem viajar de dentro para fora de mim ... penso que talvez isto seja a felicidade, aquela de que tanto falam, e continuo a andar sem pisar no chão de tão leve ... até que o inevitável acontece ... força da gravidade!
Caio violentamente e me esparramo ... de dores me contorço, não entendo ... custa a levantar, a visão está enevoada ... tanta coisa sem sentido, tantas perguntas sem respostas, e ainda esse aperto no peito que me tira o ar quase que por completo!
É então que percebo o outro lado de tudo isso. Me acostumo, fico quieta e ouço o silêncio. Ele é ensurdecedor. E diz tanto.
Em alguns momentos fico furiosa, não quero ouvir certas verdades. Mas sim, tive culpa de muita coisa, principalmente de ter imaginado que deixar de ser eu poderia ter sido melhor para mim. Hoje vejo o tamanho da loucura, e vejo que nunca me amei tanto como agora. Redescubro a minha essência, recupero a minha luz, o meu ritmo, e a música da vida volta a chegar aos meus ouvidos. Sim, estou viva! E as possibilidades de ser feliz se multiplicam. Vejo rostos que me sorriem amigavelmente, ouço vozes que me amam, sinto o amor das pessoas por mim ... e é aqui que mais uma vez, porém a última, olho para trás e penso: o que fazia eu ali?
A vida tem sempre razão, as coisas que a gente passa e as pessoas com quem a gente cruza, sempre aparecem para nos ensinar alguma coisa. No caso, eu aprendi que sou muito melhor do que eu imaginava, embora ele tenha se empenhado em me fazer crêr que eu devia mudar para ser feliz. Mas, não. Fui resgatada a tempo, graças a Deus.
Este foi o meu tropeço, mas também o meu recomeço.

domingo, 22 de novembro de 2009

... E TUDO O VENTO LEVOU








... Gone with the wind ( E tudo o vento levou ) é o filme da minha vida. Embora tenha sido feito há muitos anos atrás, em 1939, e é um clássico insuperável até hoje e uma das maiores produções cinematográficas de todos os tempos.

Protagonizado por Vivien Leigh e Clark Gable, conta ainda com um elenco excepcional, porém, mesmo assim, e apesar de ser considerado como O Melhor Filme do Mundo, as opiniões divergem a seu respeito. Ou melhor, não divergem, dividem-se, pois ao que parece ele é tão amado quanto odiado. Muitos cinéfilos o acham chato, aborrecido, longo demais, «um porre» como li certa vez algures, e muitas outras coisas.

Mas certas opiniões não se discutem e eu respeito todas, mas ao mesmo tempo também expresso a minha e digo que amo de paixão esse filme. Perdi a noção das vezes que o vi e olhem que ele dura em torno de 4 horas, sem, para mim, ser cansativo ou maçante. É lindo.

Isso sem citar a parte técnica do filme, aquele céu de Tara, a fazenda, todo produzido em estúdio. Uma ilusão de céu espetacular.

Falando dos actores principais, uma coisa que pouca gente sabe é que enquanto que o papel de Clark Gable estava mais do que garantido, a lindíssima Vivien Leigh teve que disputar o seu com Lana Turner, entre outras, e quando o ganhou, merecidamente diga-se de pessagem, pois não vejo outra para melhor capaz de interpretar Scarlett o'Hara, ainda precisou de estudar e aprender com perfeição o sotaque do Sul dos Estados Unidos, onde se passa a história, o que não deve ter sido tão facil já que Vivien nem sequer era americana e sim inglesa.

Assim, Clark e Vivien estão incontestáveis, tão perfeitos no papel que parecem reais. Não podiam ser melhores, nem podia existir uma dupla mais perfeita que esta.

Sobre Scarlett O'Hara, a personagem de Vivien Leigh, um dos mais complexos e magnificamente interpretados de toda a história do cinema, há muito para dizer. Scarlett é uma espécie de anti-heroína pela qual todos torcem e se apaixonam, pois apesar de ser egoísta, mimada e manipuladora, ela se torna a salvadora da família durante e depois a época da guerra civil americana, quando perdem quase tudo e chegam a passar fome, lutando bravamente para sobreviver,enfrentando diversas dificuldades e sofrendo muito pois ela era antes disso uma menina rica com todos os homens aos seus pés, razão pela qual a maioria das mulheres não a suporta.

Eu, pessoalmente, sou fã incondicional de Scarlett, e mesmo tendo em conta os defeitos dela, que não eram poucos, impossível negar a sua audácia, sua força, coragem, beleza, fragilidade escondida sob uma faceta durona e insensível ... ela é encantadora, divina, maravilhosa, e a vida toda eu a admirei e me identifiquei com ela sob muitos aspectos, especialmente quando ela diz a célebre frase no filme : ... «after all, tomorrow is another day» (apesar de tudo, amanhã é um novo dia).

Quem ainda não assistiu, por favor náo deixe de ver esta grande obra cinematográfica. Eu recomendo.

sábado, 21 de novembro de 2009

ACREDITAR EM ALGO E NÃO O VIVER É DESONESTO



Esta frase é de Gandhy, e eu a sinto profundamente verdadeira.

Não importa aquilo em que você acredita, se é realmente, ou se existe apenas na sua cabeça ... desde que acredite, e tenha essa forte convicção, deve vivê-lo ao invés de se esconder atrás do medo seja lá daquilo que for.

De que adianta você ter desejado uma coisa na vida, e em algum momento ter acreditado que essa mesma coisa seria o caminho para a sua felicidade, ou uma parte dela, se no entanto não teve coragem suficiente para seguir adiante e pagar para viver? Correr o risco?

Aprendi que a vida é feita de riscos, e de escolhas ... e que ficar debaixo da mesa não resolve coisa nenhuma ... que mesmo tropeçando mil e uma vezes, caindo e me machucando, nada vale mais a pena do que viver.

No fim tudo dá certo. E se ainda não deu, é porque ainda não chegou ao fim.

Então, vá em frente sempre que achar que deve ir.

Eventualmente estará errado, é verdade. Não temos como ter plena certeza de todas as coisas. Mas, pelo menos, se e quando tudo der errado, você terá a certeza de que mais vale a frustração de ter falhado, do que aquela de nunca ter tentado.

Por isso eu prefiro ser honesta comigo mesma, seguir os meus impulsos, meus instintos, meus sonhos ... e quando nada disso for dar onde eu esperava, eu apenas choro «3 dias» e logo estou pronta para recomeçar, e com a enorme vantagem de carregar na bagagem mais uma experiência 100% valiosa, algo que ninguém, nunca, me poderá tirar, e que certamente, no futuro, me impedirá de reincidir no erro.

E assim deve ser a vida. Sempre lutando pelo que acreditamos, na busca interminável pelos nossos sonhos ... até que um dia, não mais os procuramos porque eles entram pela porta que sempre mantivemos aberta. E nos encontram, pois nunca desistimos.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

QUE AMOR É ESSE?

Amar é deixar brilhar a luz do outro, e ser iluminado por ela!
Essa teoria eu já conhecia, e ela sempre foi uma prática natural na minha vida. Até encontrar alguém que aos poucos foi tentando me convencer que eu estava errada. Que amar na verdade é uma prisão domiciliar, antónimo da liberdade de se ser o que se é, de se expressar tal e qual se sente.
Eu sabia que era muita loucura, mas ele apresentou nuances tão lindas, em simultâneo, que cheguei a pensar que valeria a pena repensar tudo aquilo em que eu acreditava. E assim, fui-me afastando dos amigos ... eles não eram suficientes bons para mim, e menos ainda para a relação. Os homens, apenas por pertencerem ao sexo oposto, tinham que ser mantidos afastados. Nada de telefonemas, mensagens, e-mails ... o que sempre foi uma amizade normal passou a ser suspeito, de carácter duvidoso, e eu (supostamente) já não sabia diferenciar um amizade sincera e baseada no respeito mútuo, das más intenções.
As amigas, por outro lado, mesmo sendo do mesmo sexo que eu,eram todas donas de condutas impróprias, todas «piranhas», segundo ele. Porque me telefonavam a convidar para um programa, ou tão simplesmente porque me ligavam depois das 10 da noite, era sempre errado e motivo para censura, afinal, uma mulher comprometida tem que pôr as amigas no seu devido lugar e proibi-las de ligar depois de determinado horário!
Hoje quando olho para trás e me pergunto o que me levou a ser cúmplice dessa loucura, a aceitar a rigidez dessas normas absurdas para um relacionamento, percebo que eu estava tremendamente envolvida.
Amor? Armadilha do destino? Uma prova? Eu não sei a resposta. Foi um período em que saí de mim, e achei que poderia viver do sonho daquele amor que era apenas ilusão pois amor não é, nem pode ser nada assim.
O amor não inibe a vida, a alegria, a expontaneidade. O amor simplesmente existe, e quando ele está lá não precisa de imposições, nem regras ... as coisas fluem e se encaixam naturalmente.
Como pude pensar que seria feliz deixando de ser quem eu sou? Vivendo com medo das reações dele o tempo todo... a verdade é que eu me apaixonei por ele, pelo lado impecável que ele tem e que eu quis que superasse, até mesmo ocultasse, o outro. Mas isso não foi possível.
Aos poucos, esse outro lado foi se tornando maior e maior, foi ganhando espaço, e foi sufocando o que eu conheci primeiro, o homem carinhoso, dedicado, atencioso, que compartilhava dos mesmos sonhos que eu, que tinha os mesmos desejos, que me pediu em namoro a moda antiga e em casamento da maneira mais linda, que eu amei intensamente e que pensei que fosse a resposta as minhas preces porque me fazia feliz. E fez, até um dia.
Até as coisas começarem a se atropelar, a pressão começar a ser grande demais, os acontecimentos começarem a sair da linha de controle e eu, finalmente, acordar.
Mesmo assim eu não quis ver. Eu não queria que fosse verdade, e continuei firme no nosso propósito. Permaneci na ideia do nosso casamento, continuei em frente com cada um dos nossos planos, e pensava que tudo daria certo. Que o tempo o faria confiar em mim porque lhe mostraria quem sou de verdade e que poderíamos, sim, viver o amor que transbordava de nós quando a gente se olhava.
Mas ... uma sucessão sucessiva de acontecimentos, que hoje vejo como a vontade de Deus se manifestando, me obrigou a cair na real. De uma maneira muito dura, com sofrimento, mas que no fim das contas talvez tenha sido a única coisa certa que aconteceu no meio de toda essa história.
Não me arrependo de nada, apesar de tudo. Eu dei o melhor de mim. Entenda-se, eu vivi. Fui a luta, tentei, paguei para ver. E tentei de todas as formas. Não fugi sem sem ter certeza de que não estava no caminho certo.
Mais do que isso, eu amei. Me entreguei de corpo e alma, fui feliz, vivi momentos inesquecíveis, intensos ... e os menos felizes, os maus, o que não foi tão bom, o que fez resultar nesse fim, eu também não me arrependo ... se era por isto que eu tinha que passar para aprender mais uma grande lição, então valeu a pena.
Hoje sei que o amor é um sentimento livre, e volto a repetir aquilo que sempre disse: as pessoas que eu amo, deixo-as livres. Se voltarem é porque as conquistei, se não voltarem é porque nunca as tive!

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