terça-feira, 28 de dezembro de 2010

VAMOS CELEBRAR A VIDA



Existem pessoas que acreditam que precisam de grandes motivos ou ocasiões importantes para celebrar a Vida. Eu mesma já pensei assim, e hoje sei o quanto estava errada.

Não preciso esperar para comprar o carro dos sonhos, ou finalmente fazer aquela tão desejada viagem, e nem mesmo esperar pela virada do ano para celebrar a vida. Sabem porquê? Porque a vida é uma bênção de Deus e nós vivemos rodeados de maravilhas sem perceber, porque vivemos ocupados demais, preocupados demais, absortos demais nos próprios pensamentos, problemas.

E é aí que a gente perde o melhor, pois quando nos permitimos parar e viver cada momento com toda a intensidade aos poucos nos aproximamos de Deus, a Paz Infinita nos invade e de uma maneira ou de outra, as coisas começam a fluir na nossa vida.

Então, quando for tomar aquele duche de manhã, mesmo que seja rápido, esteja presente nesse momento. Com toda a sua alma, todo o seu Ser Interior. Sinta a água escorrer pelo seu corpo e todas as sensações que lhe trouxer.

Quando for fazer uma refeição, tomar um chá, faça o mesmo. Sinta os cheiros, os sabores, sinta não apenas com o paladar mas com o coração.

Quando estiver na rua, e cruzar-se com "mil" pessoas, olhe para todas que tiver oportunidade. Melhor ainda, sorria. E se alguém lhe sorrir primeiro, ou uma criança no carro ao lado lhe fizer um "tchau" retribua com alegria e agradeça. Isto é estarmos em comunhão uns com os outros, e consequentemente com Deus.

Quando estiver na praia ou no campo, não se limite a apreciar a beleza da paisagem. Viva-a, absorva-a, traga-a para dentro de si e junte-se a ela.

Ouça os sussurros do vento, sinta as suas carícias. Ouça também a voz do silêncio, desenvolva a Paz Interior, e assim estará a celebrar cada momento da sua vida.

Que maravilha quando conseguimos ser e viver assim, em estado constante de celebração.

A vida deve ser celebrada todos os dias, a cada momento.

Beijos da Angel, com amor.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

DESARMANDO O OUTRO COM AMOR


Tenho uma vizinha há muitos anos que é daquelas pessoas que gosta de implicar por tudo e por nada.

Cresci a ouvir ela e a minha mãe discutirem por causa de coisas pequenas, que se poderiam perfeitamente resolver na base do diálogo. Mas ela, infelizmente, sempre preferiu a pior maneira. E até determinada altura, a minha mãe também errou porque entrava no jogo dela. Até que passou a ignorar as provocações, o que foi sem dúvida melhor para todos nós.

Só que, desde os tempos remotos, quando eu ainda era uma adolescente, e quando a minha mãe ainda se dava ao trabalho de alimentar as suas insanidades, que eu e o filho dela deixamos de nos falar.

Antes disso, nós nos dávamos bem. Conversavamos no portão, ele ia minhas festas de aniversário, essa coisa de vizinhos.

Só que teve uma vez que ele tomou o partido da mãe dele e claro, eu tomei o partido da minha. Não importa mais quem estava com a razão. É passado. Mas cada um tomou as dores da sua mãe, e assim deixamos de nos falar. Nem um cumprimento, nem bom dia, nem boa tarde. Nada.

Bem, passaram-se anos e durante esse tempo eu me tornei a pessoa que sou hoje e as vezes até lamentava que isso tivesse acontecido, afinal, não havia necessidade.

A minha mãe, como disse, deixou de dar trela a tal vizinha, e eu também. Cada vez que a visse, ou ao filho, entrando ou saindo de casa, tanto eu como a minha mãe fingíamos que não tínhamos visto nada.

De realçar, entretanto, que ela até hoje continua, na mínima oportunidade a tentar criar algum tipo de confusão connosco.

E foi isso que aconteceu há poucos dias.

O que aconteceu foi que o nosso motorista estacionou o carro um pouco mais atrás, e esse pouco quer dizer menos de 5 cm e por causa disso a senhora fez uma confusão no meu portão e ainda estacionou o carro no nosso portão, o que nos impediria de sair com o carro caso precisássemos.

O motorista veio avisar e eu fui lá para resolver o assunto. Toquei a campainha e não foi a vizinha que abriu a porta, e sim o filho dela.

Não dá para descrever a atitude agressiva com que ele abriu a porta. Vinha literalmente preparado para a guerra, só que eu não fui tocar a campainha da casa deles para armar um barraco. Como ele queria, ou pelo menos, imaginava.

Comecei sendo extremamente educada:
- Boa tarde, P. Eu queria falar com a tua mãe, é possível?

Ele ficou logo meio sem saber como reagir ao ver a minha atitude, mas respondeu ainda com arrogância:

- Ela saiu. Mas se é por causa do carro, podes falar comigo mesmo.

E aí começou a falar um monte de coisas que não eram chamadas no momento, e eu, muito calmamente disse:

- Eu acho que nós podemos nos entender, conversando. Qual é o problema? É o carro que está ligeiramente mais atrás do que deveria? - fiz uma pausa, e olhei para o nosso carro que de maneira alguma impedia a entrada ou saída do carros deles da garagem. - Tudo bem, eu estou a ver que ficou alguns cm mais atrás do que deveria, peço desculpas, mas tens que entender que o motorista não fez por mal. É natural, ao fazer uma manobra de estacionamento, que se avance ou recue sem querer um pouco mais. Se dissesse que o nosso carro está diante da vossa entrada, tudo bem, mas sinceramente, neste caso, não vejo a razão pela qual a tua mãe se irritou tanto. Ela podia ter estacionado na vaga dela perfeitamente, tanto como podia ter entrado com o carro na vossa garagem. E quando muito, caso não, vocês poderiam ter-nos chamado para resolver o assunto sem a necessidade de criar atritos.

A maneira como eu disse tudo isso deixou-o desconcertado, porque eu fui mais do que amena. Mais do que educada, fui suave. Delicada. E continuei:

- Sabes de uma coisa, esses anos todos, muitos conflitos poderiam ter sido evitados se nós simplesmente conversássemos. Discutir não leva a nada. Para quê partir para a guerra, quando tudo pode ficar bem na paz?

Falei muito mais, dei quase uma palestra, e sabem como terminou? Com ele dizendo que o carro não estava mal estacionado, que não estava a atrapalhar em nada o acesso deles e ainda se prontificou a ir buscar a chave do carro que a mãe dele tinha largado diante do meu portão.

Resumo da ópera? Quando um não quer, dois não brigam. E eu senti-me muito bem comigo mesma por ter tido essa atitude, por ter mantido a calma, e principalmente por ter conseguido fazer com que o meu vizinho baixasse a guarda. Ele rendeu-se completamente, e quando nos despedimos, a sua expressão era outra. Parecia uma outra pessoa. Só não sorriu hehehehehe mas eu sorri, e ainda desejei um Feliz Natal para ele e para toda a família.

Que bom, vocês nem imaginam. Que eu possa agir desta forma sempre diante de situações semelhantes, pois, o stress que a reacção contrária acarreta não compensa, e muito menos se compara a sensação de paz que eu senti naquele dia quando voltei para dentro da minha casa. Senti que tinha feito o certo e que lá em cima, os anjos sorriam satisfeitos.

Beijos meus, com amor.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

HOJE EU CONSEGUI ...


Você, que está aí cabisbaixo (a), sem ânimo, a pensar que o seu mundo ruiu e que nunca mais vai ser feliz na vida, eu tenho um segredo para lhe contar.

Não tenha pressa de mudar a sua vida da noite para o dia. Saiba que as mudanças repentinas, não duram, mas que as paulatinas permanecem.

Saiba que existe um tempo certo para tudo nessa vida, mas que precisamos as vezes de saber reconhecer quando chega a hora, esse momento crucial em que tudo pode mudar radicalmente para melhor. Desde que você realmente queira.

A primeira coisa a fazer é desejar realmente mudar a sua vida. Ter esse desejo bem patente dentro de si, pois querer é poder, e essa não é apenas uma frase feita. Querer é poder, sim, porque tudo que desejamos na nossa mente subconsciente tem o poder de se materializar na nossa vida.

O segundo passo é acreditar que isso seja possível. Não faça demasiadas perguntas. Não se concentre em "como eu vou conseguir isso ou aquilo", apenas acredite que já conquistou aquilo que tanto almeja. Sinta isso dentro do seu coração e experimente a alegria de desfrutar dessa enorme felicidade. Não se concentre no problema, foque na solução. Lembre-se, você não tem que saber como as coisas irão acontecer, tem apenas que acreditar e pronto.

O terceiro passo tem um nome, e é gratidão. Seja grato por todas as bênçãos da sua vida, todas as alegrias, todas as coisas boas, inclusive aquelas que ainda não se materializaram. Ser-se grato, esse terceiro e último passo, é talvez o mais importante, pois quando agradecemos por qualquer coisa boa que nos aconteça, estamos a atrair mais dessa mesma coisa e cada vez mais para a nossa vida. Então, não se esqueça de agradecer sempre, pelas grandes e pelas pequenas coisas.

Cumpridos esses passos, siga o seu caminho sem pressa. A pressa é inimiga da perfeição. Viva em paz. Cultive a paz dentro do seu coração, afinal, você agora está seguro de que tudo que você deseja, pode conseguir. O segredo está no desenvolvimento da sua Fé.

Então, lembre-se: o mundo não foi criado num só dia. Dê tempo ao tempo e veja as coisas a acontecerem.

A cada dia imponha a si mesmo uma meta, seja ela qual for:

- Hoje eu vou levantar dessa cama e vou reagir.
- Hoje eu vou viver o meu dia com alegria.
- Hoje eu vou finalmente ter aquela conversa com aquela pessoa.
- Hoje eu vou me manter sobrio.
- Hoje eu vou trabalhar com ânimo e vigor.
- Hoje eu vou estudar pelo menos por duas horas.

E assim, por diante. Seja qual for o seu problema, comece assim. Um passo de cada vez. Viva o hoje. Viva o agora. Só o agora existe.

E no final do dia, quando você tiver cumprido a sua meta, ou ainda que seja, metade dela, sinta-se bem consigo mesmo. Experimente a sensação de vitória que o invade, e diga, "HOJE EU CONSEGUI".

No dia seguinte faça o mesmo, insista, persista, até que isso se torne um hábito e passe a ser parte da sua vida. Quando der conta, a mudança estará feita e o mérito será todo seu.

O importante é não desistir. E mais importante ainda, é não querer que tudo se transforme como num passe de mágica. Depende de você. Ninguém pode lutar essa luta por você. Mas mesmo "sozinho" você pode vencer, desde que tenha calma e serenidade. Desde que tenha paciência consigo mesmo. Desde que continue no caminho, mesmo que caia algumas tantas vezes. Não importa. Levante-se do chão e tente mais uma vez.

Um passo de cada vez ... dia após dia ... cada dia uma meta ... repita todos os dias ... insista e persista, e diga sempre, no final de cada jornada, antes de se deitar, sorrindo para si mesmo : Hoje eu consegui ... e isso lhe dará forças para conseguir também no dia seguinte, e no seguinte, e no seguinte ...

Beijos meus, com amor.

Angel.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

ESCREVER UM DIÁRIO É UMA FORMA DE TERAPIA


Muita gente ignora, mas é verdade. Escrever um diário funciona como uma terapia no caso daquelas pessoas que buscam o auto-conhecimento, encontrar-se a si mesmas, que sofrem de Depressão, Ansiedade e outros distúrbios do mesmo género.

Como e porquê? É simples. Ao pôr para fora todas as suas angústias, medos, fracassos, frustrações, tristezas, etc, faz com que você se sinta limpo, como se tivesse tomado um bom banho de mar. Sentir-se-á também mais leve e de repente todas aquelas coisas que o estavam a afligir tanto, apertando-lhe o peito, assim como por milagre, parecem desaparecer ou pelo menos, atenuar. E com a prática, com o tempo, as coisas só tendem a melhorar, porque sozinho você poderá identificar a causa dos seus problemas.

Muitas vezes o que precisamos é apenas exteriorizar o que nos vai por dentro, e por mais que tenhamos um grande amigo, sempre há uma coisa ou outra que não contamos por vergonha ou por receio de não sermos compreendidos, ou pior ainda, de sermos julgados. Essa é a razão pela qual muitos fazem terapia, pois precisam conversar sobre as suas dores com alguém que não os conheça e que está ali apenas para ouvir e ajudar no que for possível. Mas nenhum terapeuta faz milagres, nem pode nos dizer o que fazer. Ele pode nos ajudar a identificar a causa dos nossos problemas, mas o resto é por nossa conta. Inclusive, muitos psico-terapeutas sugerem que os seus pacientes escrevam um diário para ajudar a que se libertem de tudo que carregam dentro de si.

Sendo assim, quer faça terapia ou não, desde que sinta essa necessidade de encontrar determinadas respostas, saiba que elas estão dentro de si mesmo.

Compre um Diário bonito com uma capa caprichada, ou até mesmo um simples caderno. Não importa, e sim, que você possa escrever nele. Ou então, faça o seu Diário no seu computador mesmo. Crie uma pasta e pronto. Nesse caso, caso não more sozinho ou partilhe o seu computador com alguém, sugiro que crie uma senha para o acesso a essa pasta que pode ser guardada nos seus documentos, por exemplo.

Eu estou a fazer isso e falo por experiência própria. As vezes estou melancólica quando me sento para escrever e sempre me sinto melhor depois de o fazer. Mas, não se esqueça, para surtir o efeito desejado, tem que ser verdadeiro. Escreva tudo o que você sente e/ou pensa. Tudo, rigorosamente tudo. Lembre-se que não está a falar com ninguém, e sim com você mesmo. No máximo, estará a falar com Deus, pois Ele habita no seu coração e no de todos nós.

Experimente. Comece agora e depois me diga se dá certo ou não.

Um beijo enorme, com todo carinho do mundo e muito amor.

Angel.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

AGRESSÃO VERBAL



Existem pessoas que não vêm a agressão verbal como uma forma de violência, porém, ela é sim um acto de violência que fere tanto ou mais do que a agressão física.

O que fazer nesses casos? Como reagir?

Eu, pessoalmente, só vejo duas opções: ou contra-atacar dentro do mesmo nível, ou seja, agredindo de volta; ou então silenciar, deixar a pessoa a falar sozinha, ignorar, ainda que custe, mas evitar responder e dar corda a discussão.

A primeira opção traduz uma situação pela qual a maioria de nós já passou nessa vida, certo? Quem já não se viu ouvindo o que não merecia, sendo vítima de alguma injustiça, acusado de alguma coisa que não fez ou até, quem já não ouviu da mãe, do pai, do marido, da mulher, do namorado, da namorada, da vizinha do lado, do colega, do chefe, daquela pessoa "louca" na rua, etc, palavras ofensivas, dolorosas, injustas? Acredito que sim, que todos nós, de alguma maneira temos uma experiência dessas para contar, e é mais do que normal que em muitos desses casos a reacção de muitos de nós tenha sido a de se querer defender, justificar, responder e nos piores casos, devolver as ofensas.

Aí, o caos está definitivamente instalado. A discussão estende-se por mais tempo do que deveria, e pode chegar as últimas consequências. É assim que se chega facilmente a agressão física, ao um hospital, ao divórcio, ao fim de uma amizade, enfim ... tudo porque a pessoa injustiçada reagiu, e então a culpa é sua? Ou tudo por causa da pessoa alucinada que sem pensar soltou cobras e lagartos em quem não merecia?

De facto, é complexo. Não é nada fácil ficar calado enquanto uma outra pessoa, seja quem for, grita connosco, nos ofende, nos humilha, maltrata, magoa com palavras duras e ferinas. Aquelas pessoas de pavio mais curto, as que não levam desaforo para casa, certamente não deixam por menos e fazem valer o seu direito de serem respeitadas fazendo ... o quê? O mesmo que o seu agressor.

Será mesmo essa a reacção mais adequada?

Vejamos agora a segunda opção, que consiste em não alimentar a negatividade, em não dar trela para aquilo que estiver a ouvir, manter-se calado, mesmo que tenha razão. Mas ... quem cala, consente! Não é isso que diz o ditado? Como assim, permitir que alguém me diga tudo que lhe dê na telha sem me defender, sem dar o troco?

Bem, eu vejo as coisas assim, e embora não seja perfeita, muito longe disso, eu aprendi com a vida algumas coisas de grande valor. É o seguinte: não se trata de calar e consentir. Trata-se apenas de esperar o momento certo para falar, porque não existe nada para conversar com uma pessoa descontrolada. Tudo que você possa dizer em sua defesa não será entendido, já que a outra pessoa está fora de si. Ao discutir com ela apenas irá agravar o problema.

Há pessoas e pessoas, todas diferentes umas das outras. Existem algumas que descontam as suas frustrações, o seu descontentamento com a própria vida ou alguma situação específica que as esteja a incomodar em cima dos outros, e esses outros, muitas vezes, são os mais próximos. Quase sempre, na verdade! E magoam, dizem coisas que na verdade não sentem, mas que você mesmo sabendo disso, vai sentir-se magoado, ofendido, decepcionado. Principalmente, quando não é um facto isolado, quando isso acontece na primeira divergência, na primeira oportunidade.

Acredito que o melhor a fazer nesses casos seja não reagir. Não responder. Se for possível, afastar-se da pessoa dizendo apenas que irão conversar num outro momento.

Claro que não é fácil. Você sabe que é a vítima, que aquilo não está certo, e muitas vezes pode até chorar sozinho depois por causa de todas as barbaridades que ouviu.

Mas o agressor, se você agir desta forma, acabará por se calar e em muitos casos se arrepender da sua atitude. Sabe porquê? Porque você não deu corda para a raiva dele. Porque você se recusou a sintonizar-se na mesma frequência negativa que ele, e manteve, a muito custo ou não, o seu equilíbrio.

Mais tarde, se vocês conversarem, ele poderá estar mais calmo e então você poderá falar. Calmamente. Poderá dizer o que pensa e o que sente, sem gritos nem ofensas. E o outro, muito provavelmente o escutará e assumirá o seu erro. Talvez até se desculpe, embora o orgulho impeça muita gente desse gesto simples e nobre que é pedir perdão.

De uma forma ou de outra, pense nas vantagens que isso acarreta. São muitas. Menos tensão, menos stress, menos problemas, porque violência gera violência e mais violência. Já a tolerância gera tolerância, condescendência. E assim muitas vezes se evitam desfechos trágicos, tristes e dos quais ambas as partes no futuro podem se arrepender.

No entanto, é claro que nenhum de nós é santo. E que se esse tipo de agressão for recorrente, mesmo que você haja da maneira "correcta", chegará o dia em que você não terá mais forças para suportar, e aí então, a culpa não é sua, nem nunca foi. Você fez a sua parte e deve orgulhar-se disso, mas não é obrigado a conviver com alguém que o agride constantemente, por mais que depois peça desculpas. afinal, perdoar não significa permanecer no lodo. Nesses casos o que acontece é que você atinge o seu ponto de saturação, e todos temos um, e naturalmente acabará por se afastar dessa pessoa. Pode até não guardar mágoa, ressentimento, ódio, e não deve mesmo, mas sabe que é impossível a convivência com essa outra pessoa, que lhe faz mal, que por algum motivo não conseguem se entender de verdade. Esse é momento em que você, mantendo a sua dignidade, sai de cena.

Quem sabe se assim, vendo você longe, distante, indiferente, não cai finalmente na real e promove uma mudança real no seu temperamento e na sua vida? Há pessoas que só entendem as coisas como elas são quando se dão conta que chegaram ao fim da linha e que estão sós.

O mais importante, na minha opinião, é você fazer a sua parte. Porque você está certo. você tem razão. Você sabe a verdade, e isso deve bastar. Se a outra pessoa, um dia, realmente se modificar, dê mais uma chance ou quantas forem necessárias, mas vibrando sempre numa energia positiva.

Nada disso se consegue da noite para o dia, eu sei bem disso. É um processo interior que leva o seu tempo mas quando ele cria raízes na sua alma, nada o pode abalar. E você estará mais perto, cada vez mais, da iluminação.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

É TEMPO DE ...




É a essa hora que mais gosto de escrever. Quando a casa está silenciosa, a noite quieta lá fora.

Sentada à mesa da cozinha da minha casa, diante deste meu fiel amigo, a primeira coisa que me vem a cabeça é que o fim do ano está aí. Mais um ano que finda, e com ele, mais um ciclo da minha vida. Sim, porque os ciclos da vida não estão condicionados ao calendário, mas eu sinto que estou e preciso de fechar um ciclo na minha vida.

Acredito que muitas outras pessoas se sintam assim. Uma certa nostalgia, algumas frustrações, perguntas sem resposta e não raras vezes, o não saber que rumo tomar.

Esta é uma boa altura para reflectir, sem dúvida. E penso em tudo que aconteceu ao longo deste ano. Tento  avaliar com cuidado as circunstâncias de cada situação por que passei, aceitar onde errei e perceber como mudar o curso do rio da minha vida.

Começando pelas coisas menos boas, tive muitos momentos de tristeza, angústia, ansiedade. Decepções. Sim, elas fazem parte da vida, e só passando por elas, podemos aprender a separar o joio do trigo. Momentos de extrema solidão, em que me isolei em mim mesma. Momentos de saturação, em que saí de mim e perdi as estribeiras.

Não importa quem tem razão, entendem? Compreendo agora que os outros só fazem connosco, o que gente permite. Além disso, é minha obrigação ser mais tolerante e não julgar ninguém. Quero terminar este ano com o meu coração completamente limpo de qualquer mágoa, qualquer sentimento negativo. Para isso, é preciso perdoar. Entender as motivações, ainda que ilógicas dos outros para determinadas atitudes que nos ferem. Uma vez li uma frase, cujo autor desconheço, que diz assim "Quando você conhece realmente alguém, e a razão pela qual esse alguém faz as coisas, não é necessário odia-lo". É a mais pura verdade. Portanto, ainda que fragilizada, magoada e decepcionada, eu tento com todas as minhas forças perdoar e não julgar ninguém nessa vida. Quem achar por bem, pode continuar o que começou em 2010, mas eu já disse para mim mesma: eu mudei. Eu não posso interferir no livre arbítrio das pessoas, nem força-las a acreditar em mim ou a me verem como realmente sou. Tudo a seu tempo. E o nosso tempo, não é o tempo de DEUS.

Agindo assim, o coração fica mais leve e a pouco e pouco, cada coisa pode se encaixar no seu devido lugar.

Mas, felizmente, esse ano também teve a sua dose de coisas boas. E como teve. 

Tenho a minha filha ao meu lado, uma criança feliz e muito amada, cheia de amor para dar. Tenho pais maravilhosos, a quem serei eternamente grata por tudo que já fizeram e fazem até hoje por mim. Uma família, amigos que me amam, e no toca aos amigos, quero salientar a entrada de pessoas novas e muito importantes na minha vida ao longo deste ano. Pessoas que estiveram ao meu lado incondicionalmente, que me ofereceram amor e se comportaram como amigos de uma vida inteira. Pessoas com quem compartilhei dores, alegrias, novidades, e que me entenderam e estenderam a mão sem me julgar. Pessoas completamente novas, e outras que a vida me trouxe de volta. Podia falar de muitas coisas boas, momentos bonitos que vivi este ano, inesquecíveis, com pessoas que eu sei que sempre estarão na minha vida. Mas entrar em detalhes tornaria este texto demasiado extenso. Quem sabe eu não faça ainda um  post dedicado somente a essas pessoas que ajudaram a fazer de 2010 um ano mais feliz para mim, afinal elas merecem. E o exercício da gratidão é das melhores coisas para sanar os males e atrair o Bem.

É tempo, então, de agradecer. De perdoar. De abrir as portas do coração para o novo ano que se aproxima. É tempo de pensar em mim, de me redimir, de me perdoar também. É tempo de amar muito mais do que em qualquer altura. Tempo de tomar consciência do mundo em que vivemos e pensar no que está ao nosso alcance fazer para o tornar um lugar melhor para se viver, e isso só se consegue, quando se está bem no próprio mundo interior e com as pessoas que nos rodeiam. Não importa que algumas delas não estejam tão bem assim connosco ... essa não deve ser uma preocupação, e sim nós estarmos bem connosco e com todos. É tempo também de pensar mais nos outros, pois o mundo não gira em torno de um único umbigo, e deixarmos de ser egoístas, achando que somos detentores da razão. É importante assumir os próprios erros, é importante reconciliarmo-nos com aquela pessoa com quem não agimos correctamente, e de mostrar a quem não agiu da melhor maneira connosco, que o nosso coração nada tem para lhes oferecer, além de amor. Apesar de tudo.

É tempo também de fazer planos, ou refazer. Tempo de seguir em frente na vida com novos projectos, com a cara e a coragem, de decidir agir em vez de esperar que as coisas caiam no nosso colo.

É tempo de olhar o mundo, a natureza, todos os seres, com outros olhos. Tempo de fazer caridade, se não fez o ano inteiro. Tempo de fazer alguém feliz, nem que seja um mendigo, oferecendo-lhe além de uns trocados, também um sorriso, demonstrando que a gente o vê, de verdade.

É tempo de mudar, é isso. A vida é mudança, é movimento e nós não podemos parar, nem vê-la passar. Nem tão pouco vive-la da maneira errada, que não nos realize. Vida é benção, e é nosso obrigação fazer dela uma experiência que valha a pena, da qual nos orgulhemos e que possamos deixar como exemplo um dia. Viver é buscar a felicidade nas coisas simples da vida, e dentro de nós mesmos. Viver é sinónimo de amar, de alegria e cabe a cada um conquistar o seu pedaço do paraíso na terra, com Fé, Amor, Perseverança e Boa Vontade.

Eu desejo que todos nós possamos alcançar essa paz e também a sabedoria para escolher o caminho certo, dentre tantos que diariamente se apresentam diante de nós. Que possamos ser guiados pelo Espírito  Santo de Deus nessa caminhada.

Bençãos plenas para todos, é o que eu desejo do fundo do coração. Que se espalhe o Espírito do Amor por todos os cantos da terra.

sábado, 11 de dezembro de 2010

CONTEMPLANDO O SILÊNCIO



Em muitos momentos, ultimamente mais do que eu mesma posso perceber, tudo que necessito é isso. Apenas Silêncio.

Fujo das conversas triviais, e das outras também, confesso. É um estado em que o Ser se resume a sua real e não tão óbvia insignificância diante de todas as coisas que realmente importa. Aí vem o vazio, a ausência de coisas que não possuo, a saudade de outras que ainda nem existem e cuja falta já me faz assim, solitária na noite silenciosa. Noite que sempre encobre os meus segredos. Minha cúmplice em todos os mistérios. Noite silenciosa, minha única amiga, onde posso ouvir a voz gritante do silêncio dentro de mim, onde me encontro e me perco, e me volto a encontrar e perder muitas vezes sem fim.

Sabe lá, o que é morrer de sede em frente ao mar? ... Este é o trecho de uma música, Djavan. Linda! Expressa um pouco de tudo que corre em mim. Essa coisa que corre, que luta contra uma outra, esse combate que o meu corpo não sente, mas que a minha alma experimenta com um pouco de desespero e um fio de esperança.

De que adianta debater-me em aflição? Não! Simplesmente me acalmo e refugio-me no som do silêncio. Não é fácil, confesso. Arrepios percorrem todo o meu corpo, invade-me um medo inexplicável, uma tristeza incontornável e vejo-me nitidamente lá ... a beira do abismo! O vento uivante agita-me os cabelos em desalinho, despe-me de todas as coisas que conscientemente ou não, me perturbam. Sinto rasgar-se em mim a dor do meu ego mundano e refazer-se a essência verdadeira de quem sou, afinal.

Envolve-me de tal forma este silêncio que apazigua que não sei mais onde ele termina e eu começo. De repente somos um só e isso refaz-me por dentro, como um feixe de luz que entra pelo cimo da minha cabeça, como o bálsamo dos Deuses derramado sobre mim.

Entro numa espécie de sono, mais parecido com um transe ... lembro-me daquelas mulheres que dançam alucinadas em torno da fogueira deixando fluir de si mesmas aquilo que realmente são ... um sono mágico onde vejo flores, um campo inteiro de flores amarelas e perfumadas. Campo que eu percorro leve e saltitante até que o vejo ... parece-se com um monge, ou algo assim ... usa umas vestes brancas, e sorri-me de modo fraterno. Ao aproximar-me, ele permanece aquele sorriso poderoso nos lábios, nada profere. Também ele está em silêncio. Apenas me entrega gentilmente um canudo, um papiro enrolado e de repente, desaparece o monge, ou quem quer que ele seja.

Desaparece também o campo, as flores amarelas e volto à beira daquele abismo, de onde agora sei como recuar. E volto em liberdade. Descubro que tudo que me faz falta está em mim mesma e que muitas vezes o que mais preciso é de reconhecer a força que habita em mim.

Sento-me ali, ao luar, ainda em silêncio mas agora sorrindo e segurando o papiro que trouxe de lá, das profundezas de mim. Vou lê-lo ... eu sei que vou, mas não tenho pressa. Vou aproveitar a magia desta noite silenciosa e agradecer por cada uma das bençãos da minha vida. Sei que a outra parte do caminho está comigo, no papiro que seguro com cuidado.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

AINDA SOBRE O ÓDIO ...



Enquanto a Raiva seria predominantemente uma emoção, passageira na maioria dos casos, o ódio seria, predominantemente, um sentimento forte e muito bem estruturado.


O ódio é um sentimento intenso de raiva, podendo ser bastante poderoso. Traduz-se numa forma de antipatia, aversão, desgosto, rancor, inimizade ou repulsa, nem sempre justificáveis, contra uma pessoa ou alguma coisa, assim como o desejo de evitar, limitar ou destruir o objecto desse ódio.


Assim sendo, o ódio é muito mais profundo do que a raiva.

Paradoxalmente podemos dizer que o ódio é um afecto tão primitivo quanto o amor. Tanto quanto o amor, o ódio nasce de representações e desejos conscientes e inconscientes, os quais reflectem mais ou menos o narcisismo fisiológico que nos faz pensar sermos muito especiais.

Assim como o amor, só odiamos aquilo que nos é muito importante. Não há necessidade de ser-nos muito importantes as coisas pelas quais experimentamos Raiva, entretanto, para odiar é preciso valorizar o objecto odiado. É preciso que de alguma forma a pessoa odiada mexa com toda a nossa estrutura interior, seja de forma consciente ou não.

Para uma pessoa nutrir sentimentos de ódio, é indispensável que atribua ao objecto de seu ódio um valor suficiente para fazê-lo reagir com esse tipo de sentimento. Obviamente, se ignorar o valor doobjecto não poderá odiá-lo.

Em termos práticos podemos dizer que a raiva, como uma emoção, não implica mágoa, mas sim em stress, e o ódio, como sentimento, implica uma mágoa crônica, uma angústia e frustração. Um sofrimento. O ódio prejudica muitas vezes mais a quem odeia do que a pessoa odiada, porque o ódio também é uma forma de energia, tal como o amor. Só que uma energia extremamente negativa, que corrói as entranhas do Ser, desvalorizando-o paulatinamente.

Nenhum dos dois é bom para a saúde; enquanto a raiva, através de seu aspecto agudo e estressante proporciona uma revolução orgânica bastante importante, às vezes suficientemente importante para causar um transtorno físico agudo, do tipo infarte ou derrame (AVC), o ódio consome o equilíbrio interno cronicamente, mais compatível com o cancro, com arteriosclerose, com a diabetes, hipertensão crónica. 

Por tudo isso, está mais do que clara a origem de muitos males que assolam a humanidade hoje em dia. As pessoas não sabem, ou não querem ver, mas elas são aquilo que pensam, que sentem, que interiorizam, e se a pessoa no seu interior é só raiva, ódio, rancor, mágoa, obviamente que a sua realidade não será das coisas mais bonitas de se ver.

As pessoas que se permitem odiar umas às outras, são pessoas tristes e infelizes. São pessoas com uma auto-estima muito baixa, com um amor-próprio por vezes inexistente e não raras vezes, são pessoas doentes. Doentes, porque muitas vezes alimentam esse sentimento sem real necessidade. Muitas vezes são pessoas que precisam de atribuir a culpa pelos seus fracassos a algo ou alguém, o que implica uma grande frustração. E assim, vai se desgatando, corroendo a mente, e afectando o corpo.

Não é a toa que se diz, "Mente sã, corpo saudável"!

Cuidado com os seus pensamentos e sentimentos, cuidado com o bicho que cria dentro de si mesmo.

Busque a paz, busque o amor, busque a tolerância, a benevolência, a boa vontade. Alimente-se do néctar da vida, não do fel, e seja feliz. Aprenda a perdoar. Entenda que nem sempre os outros são os culpados pelos seus problemas, e que seja como for, odiar alguém é a pior decisão que pode tomar. Lute. Lute contra essa força maligna com todas as suas forças, pois no fim, maior, ou talvez o único prejudicado, será você mesmo.

Beijos da Angel :)

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

O ÓDIO


Hoje não elaborei nenhum tema específico para postar aqui no Blog, mas decidi dividir com todos vocês uma coisa que aconteceu, e mexeu muito comigo.

Só para vocês entenderem irei um pouco atrás no tempo, mas sem detalhes minuciosos.

Tenho um amigo, que nunca foi aquele amigo íntimo de frequentar a minha casa, de nos telefonarmos com frequência, mas apesar disso sempre foi alguém com quem sempre simpatizei e com quem sempre me dei bem. Só nos encontrávamos casualmente, e era sempre aquela festa, aquela satisfação, tudo na maior paz.

Entretanto, a partir de determinada altura entrou uma terceira pessoa que ficou entre nós e desde então a nossa relação nunca mais foi a mesma. Surgiram vários problemas provocados por mal entendidos e maledicência de várias pessoas que gostam de ver o circo pegar fogo. Devo salientar que a terceira pessoa é alguém de quem aprendi a gostar muito e por quem nutro uma profunda amizade, já há um ano.

Não posso nem vou entrar em mais detalhes porque algumas pessoas que me conhecem pessoalmente podem vir a ler esta postagem e eu prefiro preservar nomes e mais detalhes que poderiam ser reveladores.

A única coisa que posso dizer é que esse tal amigo, de quem sempre gostei e contra quem nunca tive rigorosamente nada, começou a pouco e pouco a tornar-se agressivo, para não dizer violento comigo. Ao ponto de chegarmos a nos desentender seriamente. Ao ponto de eu querer partir para cima dele, o que aliás, é uma reacção bastante difícil em mim. Sou da paz. Exercito muito a tolerância, mas não sou perfeita e feliz ou infelizmente, também perco as estribeiras como qualquer ser-humano que chega ao seu limite.

Apesar disso, depois de um longo período de turbulências, eu o procurei para dizer que o perdoava e que continuava a desejar-lhe muito bem, e que passado era passado. Tive essa necessidade, se é que me podem entender.

Pois bem, passaram-se alguns meses e as coisas nunca mais foram as mesmas. Cada um no seu canto, e dessa experiência eu aprendi que devo me controlar mais e que é meu dever ser paciente e tolerante mesmo com quem me agride. Quem sabe se eu tivesse feito isso, as coisas não teriam chegado tão longe?!

Mas a vida segue o seu curso e depois de todo esse tempo sem contacto praticamente nenhum, surge uma determinada situação que faz com que ele me telefone, novamente com acusações e palavras duras. Foi aí que ele me disse essa frase, que ainda ecoa dentro da minha cabeça: "Eu estou-te a odiar".

Só que de lá para cá, eu mudei. A minha reacção foi totalmente diferente da que provavelmente ele esperava. Falei com ele com toda a calma deste mundo, pedi que se acalmasse, perguntei o que estava a acontecer, o porquê da sua atitude. Permaneci serena, tranquila e decidi que não ia mais ser a tomada onde ele iria ligar a sua ficha de ódio despropositado, alucinado, desvairado. Ainda lhe disse o seguinte: "Tu não me odeias, tu sabes que não sentes isso e eu também sei porque não acredito que sejas essa pessoa. E se me odiasses de verdade, então esse seria um sentimento que seria só teu porque eu não te odeio a ti, nem a ninguém nessa vida".

Isso aconteceu e eu me mantive emocionalmente equilibrada, mas agora que passou, quando me lembro, não deixo de sentir uma tristeza enorme, afinal, ele é uma pessoa que fora os acessos repentinos de fúria, nunca me fez nenhum mal, durante anos. Nem eu a ele. Sempre nos demos bem, sempre nutri um carinho sincero por ele mesmo não tendo com ele uma ligação muito estreita. E pergunto-me, como pode alguém assim, dizer que me odeia, e ainda por cima gratuitamente.

É louco? Tem problemas psicológicos? Está desorientado? Está a ser influenciado contra mim? De onde nasceu esse ódio todo de repente? É que mesmo tendo em conta os motivos que não posso divulgar e que deram origem aos problemas dele comigo, pois eu nunca tive nenhum problema com ele, mesmo assim não seria o suficiente para proferir essa frase " Eu odeio-te".

Volta e meia penso nisso e não cesso de pedir a Deus que ilumine a sua cabeça, seu coração, para que ele possa ver as coisas como elas são de verdade e parar de achar que eu sou a causa dos seus problemas, pois definitivamente, não sou.

Gostaria muito que ele se desse conta disso, e em nome de Jesus esse dia vai chegar.

Eu já o perdoei. Aliás, não tenho o que perdoar porque considero que ele só pode estar fora de si. Daí o seu comportamento estranho e confuso.

Meu Deus, acontece que nunca ninguém me disse uma coisa dessas. Custei para assimilar, sabem? Estou habituada a quem as pessoas digam que me amam, tenho uma relação amistosa, para dizer o mínimo, com a maioria esmagadora das pessoas e mesmo aquelas pessoas que eu sei, intuitivamente que não são são o que parecem, até essas eu trato bem porque acredito que só o Amor pode mudar tudo, produzir milagres na vida das pessoas. Ou seja, dou sempre a chance de qualquer um me conhecer e descobrir quem sou de verdade.

Talvez por isso, esteja a doer lá no fundo do meu coração ter ouvido palavras tão feias quanto essas. Mas eu confio em Deus e sei que Ele tratará de fazer justiça e de pôr cada coisa no seu devido lugar.

Já agora, aproveito para dizer que o ódio é um sentimento destrutivo e que faz pior, muito pior a quem o sente. Principalmente quando a pessoa odiada não está na mesma faixa vibracional daquele que odeia, ou seja, está sintonizado com o Amor.

Quem sente ódio é infeliz, pode adoecer, e atrai para si mesmo coisas muito más porque é auxiliado por energias negativas que se comprazem desse tipo de vibração negativa.

Eu não odeio ninguém, nunca odiei. Sou Amor, só tenho amor para dar. Quem me odeia, sente isso gratuitamente, o que é pior ainda, mas assim assim eu estou e estarei sempre de braços abertos, como agora, para receber essa pessoa de volta na minha vida com um grande abraço quando, um dia, se Deus permitir, ele se der conta da injustiça que cometeu contra mim e se arrepender.

Que assim seja, meu Pai do Céu.

As vezes tenho vontade de lhe telefonar só para saber se está melhor, se está mais calmo. Mas entretanto acho melhor deixar quieto por enquanto, deixar a poeira assentar. Deus sabe a hora certa para tudo nessa vida e eu confio Nele mais do que em qualquer coisa neste mundo.

Este foi um desabafo, pois precisava mesmo de pôr para fora.

Beijo da Angel para vocês.

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