quarta-feira, 25 de abril de 2012

DEPRESSÃO - ACEITAR É O PRIMEIRO PASSO PARA A CURA - Parte 1

Há um tempo atrás escrevi um post sobre a depressão (ler aqui ) e ainda hoje, recebo e-mails por causa do mesmo, com perguntas, dúvidas ou simples desabafos. Assim, resolvi que estava na hora de elaborar uma nova postagem sobre um assunto que, infelizmente, é cada vez mais atual e corriqueiro.

Antes de mais, para todos aqueles que chegam aqui pela primeira vez, a Depressão é um distúrbio emocional e afetivo muito mais antigo do que as pessoas, regra geral, imaginam. Em tempos idos, era difícil diagnosticar a depressão como uma doença devido a falta de conhecimento da mesma. Hoje em dia, no entanto, muito embora a depressão seja assunto abordado com frequência em todos os canais de comunicação, ainda assim existe muito preconceito e resistência relativamente a encarar a depressão como ela é, já que para muitos trata-se de "fita", fraqueza, teatro, exagero e para muitos, é até uma desculpa da pessoa supostamente deprimida para não trabalhar, não cumprir as suas obrigações, não participar de nada, etc. Enfim, nada mais errado e cruel do que, além de não compreender a doença, duvidar do doente.

Portanto, independentemente de alguém ainda duvidar, a depressão é uma doença que pode ser grave e até mesmo fatal se não for tratada, na medida em que compromete não apenas o físico, como também o humor e por conseguinte o pensamento, alterando completamente a maneira da pessoa ver o mundo ,entender as coisas à sua volta, e afetando praticamente tudo na vida da pessoa, inclusive as coisas mais simples, como a maneira de se alimentar, de dormir, de se socializar, de viver.

A depressão, portanto, é muito diferente de um simples estado de tristeza ou melancolia, pois sentir tristeza justificada é algo comum e próprio do Ser-Humano. Dependendo dos casos, a tristeza que se abate sobre qualquer pessoa, pode ser mais ou menos forte, bem como pode ter uma duração menor ou maior, porém, tem outras características e é sabido que, independente das variações quanto ao tipo e causas da tristeza, um dia ela vai embora por si mesma.

No caso da depressão propriamente dita, as coisas não se passam assim, e um dos principais motivos é que muitas vezes não existe, aparentemente, uma causa para o estado depressivo. Não obstante isso, a pessoa é fortemente afetada por um estado de tristeza profundo, falta de vitalidade, de interesse pelas coisas que antes eram uma fonte de prazer, enfim, a pessoa tem a sua vida completamente alterada e ao mesmo tempo resumida à quase nada pois, para a pessoa deprimida, é como se não houvesse amanhã, como se não houvesse esperança, apenas o dia-após-dia vazio e sem sentido, sem brilho, sem calor, sem emoção.

Assim, a pessoa deprimida não vive. Ela sobrevive. Ela acorda e se deita, ela se alimenta e faz o mínimo, apenas aquilo que consegue e mesmo assim sem nenhuma paixão, sem nenhum ardor, muitas vezes movida por um resto de motivação interior que consegue falar mais alto e que varia imenso de pessoa para pessoa, e de caso para caso. Para alguns, pode ser a própria subsistência que os leva a enfrentar, ainda que a duras penas, a jornada laboral. Para outros, os filhos, que em meio a toda escuridão, são a luz no fundo do túnel que os força a levantar da cama pelo menos na hora em que as crianças chegam da escola e sentarem-se com eles à mesa para o almoço em família.

No entanto, o que é realmente preocupante, caros leitores, é que muitas destas pessoas afetadas pela depressão não estão cientes de que estão doentes, e até que lhes caia a ficha passam por momentos extremamente difíceis e agonizantes, perdidos em si mesmos sem entender o que se está a passar com a própria vida.

Torna-se necessária e imprescindível a tomada de consciência.

OBS. Continua no Nº 2 desta série

Beijo na alma :)

terça-feira, 24 de abril de 2012

SOPRO DE VIDA






E agora um novo sopro ... 
Lá vem ela!
Vem de longe, mais determinada do que nunca
D. Esperança querendo ficar. 
E por isso vai chegando com tudo,
Removendo pedras, catando folhas, 
Trazendo o brilho do novo e o cheiro do limpo, 
Reorganizando, reenergizando, 
Trazendo o som do movimento, não importa qual seja ...
Ópera ou batucada ...
É uma revolução? 
Pois vejo correrem para tudo que é lado todos os sonhos, 
Todos os desejos, todas as metas ... 
E mudam de lugar as prioridades, e se rebelam os que mais têm aguardado ... 
Reivindicam seu direito de realização.
É assim que amanheço hoje, 
Afoita e tranquila, 
Por isso observo dentro de mim não apenas o dia que nasce, 
... mas sobretudo a Vida que renasce 
e dou graças a Deus pela oportunidade de tentar de novo.
Ouço o riso dos anjos, 
vejo suas asas se abrirem sobre mim, 
sinto a luz que me toca suavemente ...
E sei que desta vez tenho um algo mais
Pois sua alegria me contagia.
Sim, quero fazer parte desta festa.
Eu sei, eu sinto ...
Sinto um novo sopro em mim.

quarta-feira, 4 de abril de 2012

SOS : ARRUDA & COMIGO - NINGUÉM - PODE

Boa noite a todos, é realmente um prazer estar aqui.


Não vou nem me desculpar pelos períodos de ausência (já o fiz antes), nem prometer que desta vez estarei aqui com a frequência habitual, embora, sim, essa seja a minha vontade pois sinto muita falta do blog. Vamos ver.


No entanto, caros leitores e amigos, desde o final do ano passado que tenho estado imersa em mil e uma coisas devido à minha mudança para o Rio. E como podem imaginar, o tempo não tem sobrado.


Vamos lá? Hoje vim "falar" sobre plantas. Quem gosta de plantas? 
Eu amo. E estou precisamente na fase de ajeitar um pequeno jardim na minha varanda. Além das plantas servirem como ornamento, dando beleza à qualquer ambiente, cuidar delas é uma excelente terapia. É maravilhoso quando a gente cuida de uma plantinha e a vê crescer e desenvolver-se a contento.


Já tenho uma orquídea branca muito linda, uma Bromélia vermelha, uma Kalanchoé (também conhecida como flor da fortuna) de flores vermelhas, um vaso de Crisântemos brancos, Lírio da paz,  Espada de São Jorge, Lança de São Jorge, Comigo - Ninguém - Pode, uma Pimenteira, Guiné, Arruda e  ervas aromáticas, como a Hortelã, Manjericão e Alecrim. Ainda não tenho a quantidade e nem a variedade que tinha em Luanda, Angola, mas aos poucos eu chego lá :)


As plantas, todas elas, são obras perfeitas da natureza e a cada dia que passa interesso-me mais por elas, pela diferença entre as espécies e pelas particularidades de cada uma. Repito, cuidar pessoalmente delas requer tempo, dedicação e nalguns casos bastante persistência também, mas nossa ... como vale a pena. Sinto-me revigorada cada vez que rego, tiro as folhas secas ou transplanto uma planta de um vaso para outro. Muito bom.


Hoje, entretanto, pedi socorro na Internet por causa de duas delas: a Arruda e a Comigo - Ninguém - Pode. 


No primeiro caso, estava super triste porque a minha arruda que, começou por se desenvolver satisfatoriamente quando veio para casa, ultimamente anda muito cabisbaixa. E pesquisando sobre o que poderia ser, descobri que a arruda é uma das plantas mais difíceis de se cultivar, assim como o Boldo :/ descobri também que além dela gostar de pouca água, bastando regar umas duas vezes por semana no verão, adora sol pleno, ao menos algumas horas por dia.


pé de arruda ( net )


Tcharammm! Será que agora vai dar certo? É que eu a tinha na varanda num lugar com bastante luminosidade, mas sem sol pleno. Desta feita mudei-a para o parapeito da minha cozinha onde o sol bate plenamente durante a manhã. Por outro lado, penso que talvez ela esteja reagindo ao excesso de água. Agora vou regar apenas duas vezes por semana e ver o que acontece. Espero que ela renasça firme e forte, e que cresça tudo que tem direito.


Bem, agora vamos falar da Comigo - Ninguém - Pode, denominação popular da planta cujo nome científico é Dieffenbachia Amoena. Não é surpresa para ninguém que esta linda planta ( sim, ela é linda ) além de ser muito usada em decoração de interiores por ser bastante resistente e não precisar de sol pleno, sendo portanto, uma planta fácil de cuidar, também é tida como um forte amuleto natural contra a inveja e todo o tipo de energia negativa.


comigo - ninguém - pode (net)




Se isso é verdade? Bem, não serei certamente eu a dizer que sim ou que não. Porém, posso assegurar que todas as plantas, sendo obras de Deus, filhas da Mãe Natureza, trabalham a nosso favor purificando o ar, filtrando as energias e nalguns casos, podendo ser usadas para fins medicinais. 


A razão pela qual algumas plantas, mais do que outras, ficaram conhecidas como plantas de proteção, eu não sei dizer. A Comigo - Ninguém - Pode, em todas as suas variações é um exemplo disso, assim como a Arruda, Pimenteira, Alecrim, Guiné, Espada de São Jorge, etc. O fato é que desde a antiguidade que isso se verifica. Sei, por exemplo, que desde os tempos mais remotos, os padres da Igreja Católica usavam a Arruda para a prática do exorcismo que sempre se realizava aos domingos. Portanto, não é verdade que tais práticas tenham a sua origem exclusivamente nas religiões de origem africana como muita gente pensa. 


Resumindo, a mim pouco importa até que ponto a verdade é mito, ou vice-versa. O que eu penso é que tudo aquilo em que a gente acredita produz efeito, e eu creio que as plantas podem servir sim como escudo de proteção contra o mundo energético negativo invisível, e que talvez a explicação não seja, no fim das contas, assim tão mirabolante.


E hoje, a senhora que faz faxina na minha casa, um amor de pessoa por sinal, veio-me dizer muito espantada que a minha planta estava chorando. É isso mesmo, chorando!


Na verdade eu já havia reparado que, desde que a coloquei na sala, ela fica sempre com umas gotas de água escorrendo pelas folhas. Também já havia notado o chão ao redor do vaso, molhado. Mas pensava que provavelmente enquanto ela ficava na varanda eu não reparava tanto como agora que ela fica bem ao lado do sofá da sala :/ será? 


Bem, de qualquer modo quis descobrir se existe alguma explicação para o fato constatado e assim, fiquei mais tranquila. Senão, vejam: "Todas as superfícies permeáveis da planta em contato com o ar podem transpirar, mas a atividade maior está nas folhas ... A transpiração da planta varia de acordo com alguns fatores ambientais ... Algumas plantas, ao invés de transpirar sob a forma de vapor, suam, eliminando água em abundância ... ou pela ponta das folhas, fenômeno denominado sudação ... A Caesalpinia pluviosa dos trópicos verte água de tal modo, que parece chover ao seu redor " ... Para saber mais, clique aqui




Eu fiquei satisfeita com a explicação, que indica que o choro da minha planta é apenas um fenómeno natural. Não obstante isso, amor  e carinho não vão faltar para nenhuma das minhas plantas, choronas ou não :)


Um beijo carinhoso na vossa alma.



p.s. espero, numa próxima oportunidade, ao invés de fotos retiradas da internet, postar fotos das minhas verdinhas lindas

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