segunda-feira, 25 de outubro de 2010

MUDAR TUDO ... SEM MEDO!

Subitamente, tudo parece fora do lugar.
Nada faz sentido, as peças não se encaixam, o ar torna-se pesado e a atmosfera sufocante.
As cores mais apreciadas de ontem, hoje estão desbotadas.
O verde do jardim perdeu o viço e até o perfume delicioso das flores transformou-se no mais comum dos odores.

Quem nunca se sentiu assim, ao menos uma vez na vida?
Quem nunca sentiu não pertencer a determinado lugar?
E quem nunca se sentiu a mais, ou que precisava de mais para ser feliz?
Quem nunca experimentou a sensação de viver uma vida que não é sua, e teve ganas de dar um chute no balde, espantar a todos e sair em disparada sem se importar com isso?
Quem nunca se deparou com uma verdade dura e achou que isso seria capaz de dilacerar-lhe o coração, tamanha decepção?
Quem nunca teve vontade de desaparecer sem dizer adeus, sem deixar rastro, sem lembranças do passado?

Acho que uma boa parte de nós já se sentiu mais ou menos assim, pelo menos uma vez na vida.

Eu, em particular, já me senti dessa forma mais do que uma vez ... digamos que eu seja do tipo que precisa de renovação constante na própria vida. A monotonia é capaz de me adoecer, tal como a falta de estímulo, de incentivo, de motivação ... acho que no meu caso, deve-se a intensidade com que vivo e faço qualquer coisa, de modo que tudo que se transforme numa rotina entediante acaba por se tornar frustrante.
Sequer sei se estou certa, efectivamente, mas penso que a vida seja muito, para ser vivida de maneira medíocre.
E o que seria uma vida medíocre?
Uma vida medíocre para mim é uma vida sem amor para receber, mas principalmente para dar. Uma vida sem paixão, emoção, alegria, riso, gargalhada, simplicidade, felicidade nas coisas mais pequenas.
Uma vida de aparências, em que o mais importante seja usar uma boa máscara que nos oculte a verdadeira face da sociedade.
Casamentos de fachada, isso é medíocre. Amizades por conveniência também.
Ser falsa e pensar que se está a ser politicamente correcta é muito medíocre, tal como tudo quanto nos impeça de ser quem somos, como somos.
Uma vida medíocre é toda a vida desperdiçada por causa de conceitos inventados pelos outros e nos quais no fundo não acreditamos, nem concordamos, mas que aceitamos.

A grande lição que eu tirei de todos os momentos em que me senti mais ou menos assim foi que não se tratam apenas de sintomas, mas de verdadeiros sinais enviados pelo nosso Eu Interior, de que algo tem estado tremendamente errado.
Sinais de que temos feito as escolhas erradas, e essas escolhas são precisamente a origem de toda a angústia e desmotivação.

É preciso ter coragem para recomeçar.
Perder, para poder ganhar.
Abandonar o velho, para ver chegar o novo.
Lutar,para ter a chance de vencer.
É hora de abandonar velhas e falsas crenças, hábitos e costumes que desagradam, pensamentos limitadores e proclamar a verdadeira independência da alma, porque ser livre é muito mais do que poder ir e vir, é saber ser senhor de si mesmo!

Então, peça demissão desse emprego que o atrofia, sem medo do amanhã. Confie.
Afaste-se de uma vez daquele amigo(a) de quem gosta tanto mas que só lhe tem trazido problemas, e convença-se que há pessoas que são uma péssima influencia na nossa vida.
Mude de cidade, de país, se é isso que tem vontade e pode fazê-lo. Não tema a mudança de que é feita a vida. Vá,e vença.
Aprenda a dizer NÃO de uma vez por todas, e pare de querer ser sempre agradável mesmo quando isso o agride interiormente.
Ofereça todas as suas roupas e substitua todas elas por outras que combinem melhor consigo.
Faça o que for preciso para sentir-se bem consigo mesmo, pois sem que se sinta desta forma não poderá fazer com que mais ninguém se sinta. Lembre-se disto.

A hora é essa.
Esta é a hora de ser feliz.
Comece agora mesmo.

2 comentários:

A Magia da Noite disse...

às vezes é preciso mudar, ser radical e enfrentar a vida com mais alegria.

Débora disse...

É verdade. Obrigada pelo seu comentário.

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